Foi um “best-seller” aqui há uns anos e é um livro delicioso que recomendo vivamente. Pequenino, de fácil leitura, é daqueles livros que ficam para sempre na nossa memória.

Foi escrito por Erich Scheurmann e publicado em 1920, mas continua extremamente atual.

Papalagui é o nome que Tuiavii, chefe de uma tribo da Polinésia, chama ao Homem branco, que, neste caso, simboliza o homem “civilizado”.

Depois de uma visita à Europa, Tuiavii regressa à sua ilha e escreve os discursos onde explica o nosso modo de vida à sua tribo.

Estes mostram-nos a visão de alguém que nos vê de fora e para quem o nosso modo de vida é completamente estranho. Através da sua simplicidade e ingenuidade, mas ao mesmo tempo da sua perspicácia, os seus discursos obrigam-nos a questionar o caminho que estamos a seguir.

Tuiavii considera o nosso modo de vida como um desvio do caminho do homem e um grande erro, pois estamos completamente desligados da natureza e de uns dos outros.

Esta visão de Tuiavii, o chefe da tribo de Tiavéa, uma ilha na Samoa na antiga Polinésia francesa, sobre o Papalagui, que pode ser vista em alguns aspetos como simplista ou mesmo ingénua, pois é quase um olhar de uma criança, leva-nos, todavia, a pensar sobre o que realmente importa e para onde estamos a ir.

Afinal que mundo estamos a construir?

A sua explicação de o que é uma cidade é simplesmente maravilhosa, ao mesmo tempo que é um murro no estômago.

Eu simplesmente adorei!!!

(Marta Monteiro Alves)

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