Ontem acabei de ler o livro “Fahrenheit 451”, escrito por Ray Bradbury, já leram?

Era um daqueles livros que há anos estava na minha lista de livros a ler, mas ía sempre ficando para trás. Este ano foi-me oferecido pela minha amiga secreta do @Clube Sabor das Letras (@nutri_dos_livros,) pelo Natal e pensei: é desta! 📚

Obrigada, @Irene, Carvalho @sandals.chica, pela oferta, simplesmente amei 🤗, pois é uma obra com uma história distópica brilhante que nos interpela profundamente.

Narra a história de Guy Montag, um bombeiro que vive numa sociedade futurista onde os livros são proibidos e… queimados.

E qual é a função dos bombeiros nessa sociedade?

Não, não é apagar fogos, mas sim… ateá-los!

É livrar a sociedade do “perigo” que os livros contêm.

Os bombeiros continuam a ter como missão a segurança das pessoas, só que ela agora está ameaçada pelo perigo do pensamento livre.

A jornada de Guy Montag, retrata de uma forma impressionante como a destruição do pensamento critico e do acesso ao conhecimento leva a uma sociedade controlada, apática e conformada.

As reflexões sobre o papel dos meios de comunicação social, sobre a sociedade de entretenimento e do espetáculo, a banalização da vida quotidiana, bem como a censura de todo o que possa “perturbar” alguém, são tão atuais que é incrível pensar como foi escrito há tanos anos…

A superficialidade e o conformismo dominam esta sociedade do futuro, onde os bombeiros têm como missão queimar livros. Das suas mangueiras não jorra água, mas fogo.

Deixa-nos, ao mesmo tempo, uma réstia de esperança e fé na humanidade, pois também nos mostra como a curiosidade, a busca pelo conhecimento e pela liberdade são inerentes à condição humana, e podem florescer, mesmo nas condições mais opressoras. Eu acredito que sim.

Resumindo, é uma distopia que trata temas como a censura e a alienação, assim como do impacto da destruição do pensamento crítico numa sociedade orientada para o bem-estar e o entretenimento, retirando-lhe todo o que possa causar qualquer tipo de desconforto ou emoção negativa.

É, ainda, um grito de alerta sobre os perigos da ignorância e do conformismo, e um hino ao papel transformador dos livros e à liberdade de pensamento.

Eu simplesmente amei.

Passou para a categoria dos meus livros preferidos e dos livros que “todos devem ler.”

É impossível não se traçar um paralelo com os nossos dias.

P.S.: Curiosidade 🤔: 451 são os graus de temperatura medida na escala de Fahrenheit a que os livros ardem. (na Europa utilizamos mais a escala dos graus centigrados para medir a temperatura, ao contrário dos Estados Unidos onde a escala de Fahrenheit é a mais comummente usada).

(Marta Monteiro Alves, 19/01/2025)

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