Liberdade é Poder Ser-se Quem Se É
"Até que ponto seremos verdadeiramente livres? …"
Marta Monteiro Alves
7/6/2024


À medida que o tempo avança, à medida que a eternidade do ser vai-se diluindo nas entranhas da vida, entranha-se também em nós.
O tempo em que vivemos. O tempo dos Homens. A sua cultura, a sua história, as suas idiossincrasias vão-nos povoando, invadindo-nos, pouco a pouco, ganhando espaço dentro do nosso ser, expulsando a eternidade em nós, amarrando-nos nos seus tentáculos, fixando-nos num dado tempo. Numa dada era. Num dado século.
Como despir toda a camada de tempo que nos pesa nos ombros? O nosso tempo e o tempo dos outros? O tempo de todos aqueles que nos precederam?
Mergulhar fundo em nós.
Despindo toda a história do Homem e toda a nossa própria história, o que fica de nós?
Encontrando-o, encontras-te.
Encontrando-o, és finalmente livre,
Encontrando-o, és finalmente, TU.
[Marta Monteiro Alves - 06/07/2024]
Liberdade é poder ser-se quem se é.
Parece extremamente simples, mas na verdade não o é.
Pois, como pode alguém ser quem não é?
Na verdade, pode.
A que distância estamos daquele ser que um dia fomos no início?
Aquele ser, éramos nós no nosso estado mais puro. Era a nossa pura essência, o nosso verdadeiro eu.
Era o eu, sem tempo.
Era-o, simplesmente.