Banquete Interior
"O Banquete Interior: Nutrição ou Envenenamento das palavras? …"
Marta Monteiro Alves
1/31/2024
O Banquete Interior: Nutrição ou Envenenamento das palavras?
As palavras têm poder.
O Verbo cria.
Tomar consciência desse poder do Verbo falado, ou pensado, desse forte impacto em nós e nos outros, é extremamente importante, pois percebemos até que ponto nós podemos ser cocriadores da nossa própria realidade.
Se as nossas palavras forem positivas, construtivas e cheias de amor, a nossa alma será nutrida, fortalecida e enriquecida.
Se forem negativas, cheias de ódio, críticas e amargas, a nossa alma será envenenada, levando-nos a um estado de negatividade e desequilíbrio emocional.


Tal é válido não só para nós como para os outros. Nós cocriamos a nossa realidade, assim como a realidade das pessoas com quem convivemos.
Como estamos a falar com os outros?
Com palavras de amor ou de ódio?
Com palavras positivas, construtivas ou com palavras negativas, destrutivas?
Como estamos a usar esse poder? Como estamos a usar o poder do Verbo?
E porque é que dizemos o que dizemos? O que está por trás dessas palavras?
Os nossos pensamentos.
Os nossos pensamentos, sejam eles conscientes ou inconscientes.
Pelo que, o que pensamos, tem um profundo impacto em nós e nos outros.
Daí a importância de cultivar pensamentos e palavras que promovam a bondade e a compaixão, tanto para connosco, como para com os outros.
Nós somos os guardiões da nossa própria energia e bem-estar mental.
Ao reconhecermos o poder do Verbo, que escolhemos usar tanto nos nossos diálogos internos, como nos externos, tomamos consciência sobre o impacto que ele tem na nossa vida interior.
Se usarmos de autenticidade, de gentileza, compaixão e positividade nos nossos diálogos internos e externos, alimentamos a nossa alma com pensamentos e palavras que promovem a alegria, a paz e o crescimento espiritual.
Mas existe uma profunda conexão entre os nossos pensamentos e as nossas palavras.
E entre estes e a nossa essência interior, o que nos obriga a refletir, não apenas no conteúdo dos nossos diálogos, mas, sobretudo, na origem e na intenção por trás delas.
Pois, porque hei-de eu dizer palavras positivas se não sou uma pessoa positiva?
Como hei-de não proferir palavras críticas aos outros, se eu sou a minha principal critica?
A consciência de que o que falamos e pensamos está ligado ao que sentimos no nosso mais íntimo, leva-nos a uma jornada de autoconhecimento e autorreflexão.
Convida-nos a observarmo-nos.
A examinarmos os nossos padrões de pensamento, as nossas crenças mais profundas e a forma como comunicamos connosco mesmos.
A auto-observação permite-nos transformar padrões negativos em positivos, e a cultivar um diálogo interno, que nos eleva e nos fortalece, na medida em que nos permite compreender o que está por trás, o que está na origem, quais as causas.
Reconhecer que a forma como falamos e o que dizemos tem o poder de moldar a nossa realidade interior e influenciar o nosso estado emocional e espiritual, é reconhecer que nós próprios somos corresponsáveis pela realidade que vivemos.
Sejamos cocriadores da nossa própria história e mudemos assim a nossa realidade, na medida em esta depende de nós. Atuemos sobre o que podemos atuar.
As palavras têm poder.
O Verbo cria.
Por isso, cuidado com o que crias.
É tudo o que podemos fazer. E já é muito!
[Marta Monteiro Alves - 31/01/2024]